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Por que o agronegócio brasileiro está de olho no México
27/05/2019
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Depois da comemoração pela abertura do México para o arroz beneficiado brasileiro, no início do mês, a ampliação em 55 mil toneladas de frango que pode entrar no país sem tarifa voltou a animar o agronegócio. A notícia foi dada pelo Ministério da Agricultura na sexta-feira.
No comunicado, a pasta diz que seguirão os esforços para que a relação comercial com os mexicanos seja fortalecida, garantindo “a ampliação do acesso àquele mercado aos produtos agrícolas brasileiros”.
O interesse no destino não é novo. E também não é casual. O México é um importante comprador de itens que estão na pauta da produção agropecuária nacional.
Francisco Turra, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), explica que os mexicanos são, por exemplo, o terceiro maior importador mundial de suínos. E é por isso que há um trabalho de convencimento para que o produto “made in Brazil” possa entrar lá. Por ora, a vacinação contra a febre aftosa do rebanho bovino tem sido apontada como obstáculo. E entidades e governo batalham para tentar derrubar a barreira – hoje, só Santa Catarina é livre da doença sem imunização. A expectativa é de que a negociação possa avançar em breve.
– Para suínos, é o país que está faltando para estarmos nos seis maiores consumidores do mundo – completa Turra.
Outro item que pede passagem no mercado mexicano é o ovo. A proteína faz parte do hábito alimentar local, tanto que o consumo per capita é de 330 unidades por ano. A título de comparação, no Brasil, esse número é de 212 – e de 227 no Rio Grande do Sul.
É por isso que a nova conquista do frango tem um peso que vai bem além do volume propriamente embarcado – no ano passado, foram 110 mil toneladas.
– Significa que o consumidor mexicano aprovou o nosso produto – diz Turra.
A abertura de cota de 300 mil toneladas de frango do Brasil sem impostos ocorreu em 2013. E, segundo o Ministério da Agricultura, 98% desse volume foi utilizado – o limite quantitativo foi atingido em fevereiro deste ano. Com a nova cota, haverá continuidade das exportações.
Fonte: Zero Hora
Créditos da Imagem: Edi Pereira / Divulgação ABPA