Como deixam claro a tabela e o gráfico abaixo, ambos à esquerda, a ocorrência de um único e já superado caso de IAAP na avicultura comercial brasileira foi (está sendo) extremamente dolorosa para o setor do ponto de vista econômico. Pois, com a semi paralisação dos embarques para o mercado externo, em junho os preços internos do produto retrocederam, no atacado, ao menor valor nominal dos últimos nove meses.

Entre janeiro e maio, acompanhando a evolução dos custos de produção, os preços obtidos pelo frango abatido apresentaram índices de aumento anuais sempre acima de dois dígitos. A partir da 2ª quinzena de maio (ocasião em que foi confirmado o caso de IAAP) perderam o ritmo anterior, mas ainda foram, no mês, perto de 18,5% superiores aos de um ano antes.

Tudo isso veio por água abaixo em junho quando (a partir do dia 3 e pela primeira vez desde novembro do ano passado), a cotação diária ficou abaixo dos R$8,00/kg. Então, o pior momento foi registrado entre a 2ª e 3ª semana do mês, observando-se a seguir relativa estabilidade. Mesmo assim, o mês foi encerrado (dia 30) com cotação inferior ao que foi registrado nos sete primeiros dias de negócios do mês.

Como resultado desse desempenho, a cotação média de junho passado, da ordem de R$7,52/kg, recuou mais de 13% em relação ao mês anterior, índice que nos últimos cinco anos só havia sido observado em abril de 2020 quando, em decorrência da pandemia de Covid-19, ocorreu paralisação geral dos mercados interno e externo.

Como aconteceram no sexto mês do ano, essas perdas afetaram minimamente os resultados do 1º semestre de 2025, encerrado com um valor médio próximo de R$8,35/kg e uma valorização de pouco mais de 13% sobre idêntico período de 2024.

Já em relação à média do ano passado (R$7,51/kg entre janeiro e dezembro), a valorização nominal fica em pouco mais de 11%, mas cai para cerca de 8% quando considerada a inflação até agora registrada.

Fonte: AviSite

Créditos de Imagem: AviSite