O resultado efetivo somente será conhecido no começo do ano que vem, quando forem fechados os dados de dezembro corrente. Mas, ao valor mais recente, o frango vivo já se encontra com um preço médio inferior ao registrado nos últimos quatro meses de 2024, só ficando acima neste ano (mas apenas nominalmente) do valor registrado em fevereiro.

Os recuos, agora, estão sendo mais agudos que os enfrentados em decorrência de caso de IAAP na avicultura comercial (junho/agosto deste ano), momento em que o mercado sofreu paralisações em diversas ocasiões.

A motivação atual é encontrada no alto volume de pintos de corte alojados em outubro passado – 660 milhões de cabeças distribuídas como frango entre a segunda quinzena de novembro e a primeira quinzena de dezembro corrente.

Sem dúvida elevada – quase 5% a mais que em outubro de 2024 – essa produção encontrou o mercado abarrotado por carnes (inclusive de frango) elaboradas especialmente para o período de Festas, não obtendo espaço nas gôndolas do varejo. Resultado: redução dos abates e uma semi-paralisação da demanda pela ave viva ofertada no mercado independente, cujos preços recuaram rapidamente.

Rápida retrospectiva mostra que há exatos dois meses, nesta mesma ocasião, o frango vivo chegou a ser comercializado por até R$6,40/kg, valor muito próximo do máximo histórico registrado em maio passado (R$6,50/kg). Pois nesta semana as informações de mercado dão conta da obtenção de, no máximo, R$5,20/kg, menor valor enfrentado em quase ano e meio.

Apesar dos pesares, as indicações de que em novembro passado a produção de pintos de corte voltou a ritmo considerado normal (conforme a APINCO, pouco mais de 560 milhões de cabeças, cerca de 100 milhões a menos que em outubro e menos de 1% a mais que em novembro/24) sinalizam alguma recuperação de preços nas duas últimas semanas de 2025.

É verdade que, no período, a maior parte dos abatedouros reduz ou até paralisa suas atividades visando sobretudo à manutenção dos equipamentos. Mas o fato de os próximos feriados, Natal e Ano Novo, caírem numa quinta-feira torna essas datas dois grandes feriadões em que o convívio familiar se amplia e demanda maior consumo de alimentos. E isso deve favorecer também a ave viva. Assim, por ora, nada deve ser considerado perdido.

Fonte: AviSite
Crédito de imagem: Banco de imagens ASGAV